domingo, 13 de junho de 2010

Morte anunciada

Nos dias ímpares, tomava, em jejum, chá de boldo. Nos pares, água morna com limão.

Fazia bem ao fígado e desintoxicava o sangue...

Quarenta e cinco minutos depois, e meia hora antes da papa de aveia com alfafa, administrava, sob a língua, uma colherzinha de geléia real.

Não comia carne de espécie alguma, há mais de vinte anos.

E, desde então, alimentava-se apenas de grãos, cereais e vegetais orgânicos, mastigados cem vezes, antes de engolidos.

Bebia três litros de água magnetizada por dia, sendo um copo a cada meia hora.

E, todas as tardes, comia ao menos três frutas, mas sempre três horas após o almoço, para não atrapalhar a digestão.

Açúcar? Nem pensar...

Fazia bochechos diários com óleo de gergelim, prensado a frio.

E, de manhã e à noite, alternava compressas quentes e geladas sobre o corpo, para ativar a circulação.

Caminhava, ao menos, duas horas por dia.

Fazia massagens e meditação.

Também não fumava, não bebia, dormia cedo e jamais chegara perto de qualquer droga.

Engasgou-se, inexplicavelmente, hoje, pela manhã, com uma migalha de pão integral.

Mas morreu na mais perfeita saúde...

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