domingo, 13 de junho de 2010

Para nunca mais

Entrou, sorrateiramente, esgueirando-se pelas paredes.

Na passagem pelo corredor derrubou, desajeitado, o quadro da parede.

Praguejou entre os dentes, na certeza de que a tinha acordado.

Ainda titubeou, antes de abrir a porta do quarto, preparando-se para o choro e as lamúrias de sempre.

Só quando se deitou na cama, percebeu que ela não estava lá.

Para nunca mais.

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