domingo, 13 de junho de 2010

Nas mãos de Deus

Angustiada, a família aguardava, na sala de espera, o diagnóstico do renomado especialista.

Depois de muito tempo, o tal doutor, todo empertigado, despejou sobre aquela gente um palavrório incompreensível.

Ficaram sem saber direito se ainda havia esperança.

Por via das dúvidas, acharam que sim e juntaram mundos e fundos para pagar a arriscada cirurgia.

Abaixo de Deus estava o tal médico, tão cheio de si que parecia até discordar dessa classificação.

De nada adiantou tanto empenho. À família, endividada, restou, somentea consciência do dever cumprido. O paciente morreu, como já havia previsto o médico do ambulatório.

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