domingo, 13 de junho de 2010

Visita

Ainda bem que não chovia naquela manhã.

Ao levantar-se da cama, deu-lhe bom dia em pensamento, beijou-o no porta-retrato do criado-mudo e tratou de se arrumar.

Era de sua natureza. Queria estar sempre bonita e perfumada. Mais, ainda, naquele dia doze, data tão especial!

No caminho, sorria das lembranças boas e afastava as más. Ah! Como gostaria que estas não existissem!

Quando, enfim, chegou, ficou longamente a olhá-lo ali, em silêncio, e, depois, com o carinho de sempre, ajeitou as flores na sepultura e começou a lhe contar como fora sua semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário