Na porta da Igreja de Santo Antonio, virava e revirava várias sacolinhas de plástico escuro, abarrotadas sabe-se lá do quê.
Era uma senhorinha magrinha, mal cuidada e muito pobre, que, concentrada naquela tarefa, por pouco não derrubou a moça elegante e distraída que por ali passava.
Com um largo e simplório sorriso de poucos dentes,desculpou-se pela desatenção e, em troca, recebeu, seca e grosseiramente, uma moeda de um real.
Agradeceu com o rosto ainda mais iluminado:
-Deus te abençoe, filha! Sabe que eu estava mesmo atrás de uma moedinha para o donativo da missa das nove?
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