domingo, 13 de junho de 2010

No táxi

O olhar fixo do motorista pelo espelho retrovisor a fazia estremecer.

Ela nunca se enganava. Desde que entrara no táxi, naquela noite chuvosa, percebera alguma coisa estranha no ar.

Pensou em ligar para a polícia, fantasiou cenas terríveis, despediu-se mentalmente de seus entes queridos.

Passados vinte minutos, pedindo a Deus que intercedesse por sua trágica sorte, percebeu que chegara a seu destino.

O estranho homem, então, recusou-se a receber pela corrida e, deixando rolar timidamente duas lágrimas, balbuciou emocionado que ela se parecia muito com sua falecida esposa.

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