Voltando do mercado, foi abordada, repentinamente, pelo homem baixinho, de bigode aparado e profundas olheiras, que lhe disse estar, enfim, diante da mulher de sua vida.
Aquilo não podia estar acontecendo com ela.
Rindo muito, disse-lhe que deveria estar enganado, pois era uma senhora casada, mãe de dois filhos, já moços!
Nenhum impacto essa informação pareceu causar nele, que seguiu dizendo-se profundamente impressionado com o brilho daqueles olhos e com sua incomparável sensualidade.
Enrubescida, ela retrucou, debilmente, que ele não poderia estar falando sério.
Mas o homem continuou, bendizendo o acaso que a colocara em seu caminho, discorrendo sobre almas gêmeas e vidas passadas e adivinhando, ainda, que ela era extremamente sensível.
Descobriu até que, nos últimos tempos, ela sentia-se sobrecarregada, desvalorizada, sozinha e carente!
Isso talvez explicasse o que estava fazendo ali, nos braços daquele desconhecido, em plena tarde de segunda-feira.
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